Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

28 setembro 2014

Você não escolheu

Você não escolheu seu sexo.
Você não escolheu sua cor.
Você não escolheu seus pais.
Você não escolheu seus irmãos.
Você não escolheu seus parentes.
Você não escolheu seu lar.
Você não escolheu seu estado.
Você não escolheu seu país.
Você não escolheu sua classe social.
Você não escolheu sua educação.
Você não escolheu seus professores.
Você não escolheu sua classe.
Você não escolheu seus colegas de classe.
Você não escolheu suas matérias.
Você não escolheu suas crenças.
Você não escolheu seus condicionamentos.
Você não escolheu ser adulterado.
Você não escolheu suas formas de adulteração.
Você não escolheu com quem se envolveu.
Você não escolheu os acontecimentos em que se viu envolvido.
Você não escolheu não ter escolhas.
Você não escolheu, ao escolher, fazer a escolha errada.
Você não escolheu não ter consciência de que toda escolha é ausência de consciência.


Outsider

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!