Vivemos em nosso cotidiano, a cultura da repressão do Ser e seus valores. Em seu lugar, louva-se o egocentrismo com suas ilusórias e temporárias conquistas, limitadas ao condicionamento local. Em tempos idos, onde a razão andava unida ao coração, todas as decisões dos homens sensatos levavam em conta as influências para sete gerações. Mais do que nunca é preciso lançar no ar "gritos de razão", na expectativa que seus ecos consigam criar largas frestas nas grossas paredes do alienado imediatismo inconsequente, o qual é tido por realização. Ecos capazes de colocar ao chão a insanidade da atual realidade social, para depois, quem sabe, erguê-la sobre sólidas bases de respeito pelo que é humano e, portanto, sagrado.
Nelson Jonas