Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.
28 julho 2009
O lavador de mentes
Qual o problema com a lavagem cerebral? Lavem o cérebro todo dia, mantenham-no limpo... O que vocês têm no cérebro? Está perfeitamente certo vocês o lavarem. Mas as pessoas deram a isso uma conotação muito errada; essas são pessoas erradas... Todo mundo está com medo da lavagem cerebral... Eu sou absolutamente a favor dela. Há um antigo ditado que diz: "A limpeza está próxima de Deus". Agora, não existe Deus; portanto, só ficou a limpeza. A limpeza é Deus. A lavagem cerebral não é um crime - quem a fez suja? Sujar a mente dos outros é que é um crime; mas ao redor do mundo, todas as religiões e todos os líderes políticos estão usando a mente das pessoas como se ela fosse um vaso sanitário. Esses feios sujeitos condenam a lavagem cerebral; mas, ao contrário, a lavagem cerebral é uma cosia perfeitamente boa... Eu sou um lavador de cérebros... Esta é apenas uma moderna lavanderia religiosa.
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.