Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

18 julho 2009

Escuta Ferida

Como você escuta? Você escuta com as suas projeções, por meio de sua projeção, através de suas ambições, desejos, medos, ansiedades, só ouvindo através do que você quer ouvir, somente o que for satisfatório, o que lhe agradará, o que dará o conforto, o que vai no momento aliviar seu sofrimento? Se você escuta pelos filtros dos seus desejos, então você escuta obviamente apenas sua própria voz, você está escutando só seus próprios interesses. Existe alguma outra forma de escutar? Não é importante descobrir como não escutar só ao que está sendo dito mas a tudo – ao barulho nas ruas, à trilar dos pássaros, ao barulho das ondas do mar agitado, à voz de seu marido, da sua esposa, de seus amigos, ao choro de um bebê? Escutar só tem importância quando a pessoa não projeta seus próprios desejos por qual escuta. Podemos por de lado todos estes filtros pelos quais nós escutamos, e realmente escutarmos?
Krishnamurti

Foto e tratamento digital: Nelson Jonas
Produção: Andrea Zafra

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!