Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

06 maio 2019

A insustentável mentira do nosso jogo relacional




A maioria de nós não tem a coragem para ver a mentira de nossas atividades e relacionamentos sem amor. O problema não está nas atividades e relacionamentos, mas no total desconhecimento do amor transpessoal. Somos seres egoístas, simulando equilíbrio e amor. Medo, culpa, responsabilidade, conveniência ou dó é o que sustenta nossas atividades e relacionamentos. Não é nossa culpa, nascemos da simulação, mas isso não é desculpa pra se conformar com a compartilhada simulação! Tudo é vazio de amor... é tudo um jogo! Fingimos que nos importamos com o outro ENQUANTO o outro fizer o mesmo! Quando o outro não alimenta nossa conveniência, então a raiva, a intolerância, carros chefes do nosso estado de ser, se manifestam com seu impulso de retalhação e desprezo.
Out

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!