Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

04 abril 2015

Compreendendo o desejo

Estou aqui a digitar pequenos textos do Livro Consciência Cósmica, quando, nossa neta, se dirige à geladeira para guardar metade de um ovo de páscoa. O aroma do chocolate se espalha pelo ambiente. Logo, sua mãe abre o armário e retira mais dois ovos com aquelas hipnotizantes embalagens. Brinco com Vitória:

— Vou comer um pedaço.

Ela de imediato responde enquanto se retira do ambiente:

— Você não pode comer; melhor, você não quer comer.

A vontade do gosto pelo doce tenta se instalar, no mesmo instante em que é percebido. Dá-se uma meditação instantânea do processo do desejo:

Influência sensorial - memória - pensamento reagente

A mente tenta negociar o desejo, substituindo-o por uma banana amassada, com aveia e mel. A meditação se aprofunda; o desejo é compreendido e, pela compreensão, transcendido.

Hora de compartilhar quanto ao momento de ressurreição.

Outsider

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!