Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

28 abril 2015

Qual a natureza de seu desejo?

Out: Bom dia! Somos "roteadores" de consciência: quanto mais próximos melhor e mais rápido o sinal e a transferência de dados. Certifique-se quanto aos dados que está buscando e transmitindo. 

Thiago: Muito interessante! Como é isso de buscar dados? 

Out: O que você está buscando? É isso que lhe é dado.

Thiago: Mas isto não entraria em choque com os desejos ? 

Out: Está "desejando" minha resposta?... Quando você abre sua geladeira, não há o desejo de saciar uma necessidade natural da fome? Quando vai ao banheiro não está saciando o desejo da necessidade natural de aliviar-se? Quando pega uma condução não está saciando o desejo na necessidade de ir aonde precisa? Há o desejo de fuga e há o desejo de reencontro... Uma ferramenta usada por mãos doentes, produzirão resultados doentes; a mesma ferramenta usada em mãos conscientes produzirão consciência. Quando nos prendemos nos enredos das palavras, perdemos o espírito pela qual as mesmas foram utilizadas.

Thiago: Saquei!

Out:  A busca será inevitável até que ocorra a REAL CONSCIÊNCIA de que nada precisa ser buscado; quando isso ocorre, o "Pão nosso de cada dia" nos é dado; não pelo suor de nosso rosto, mas pela ação da Graça. Enquanto isso não ocorre, o desejo de busca estará presente. A questão importante é: qual a natureza de seu desejo? 

Thiago: Agora entendi.

Out: Buscai (desejo) primeiro o Reino da Consciência e o resto vos será acrescentado. Como posso buscar o autoconhecimento sem o desejo pelo autoconhecimento? O problema não é o desejo, mas sim, o objeto de desejo e seu fim.

Thiago: Ah! Bem esclarecedor isso.

Out: Então, vai pro blog.

Thiago: Ok! Valeu!


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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!