Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

01 novembro 2014

Proteção ao chão

Recentemente, no início de uma noite de sábado, logo após nossa reunião pelo Paltalk, Deca e eu fomos à Av. Paulista, caminhar, apreciar o movimento e a arte de várias tribos e apreciar a deliciosa simplicidade de um sorvete de casquinha... Em meio disso, uma banda de soul music, que improvisava seus solos, bem diante do Banco Safra, nos chamou atenção. Nos posicionamos bem atrás do baixista e ficamos ali, curtindo aquele momento. Cheguei a compartilhar com um confrade, por celular, um pouco da beleza e do instante a que me vi acometido... Uma indescritível sensação de liberdade, pertencimento e merecimento; uma sensação de que "tudo está certo", de que "tudo é possível", quando, a mente não fragmenta a percepção da beleza que em tudo está. Deu-se uma percepção de que não é preciso temer o mundo; que a condicionada postura de proteção, podia ser ali, jogada ao chão. Enquanto isso, celulares gravavam os movimentos do baterista, com sua bateria improvisada com uma sequência de baldes plásticos.

Outsider

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!