Novo dia começa, e, para variar, o mesmo sentimento de falta de direção, falta de sentido, sendo que o mesmo, se faz acompanhado daquela velha e conhecida incompletude.
É um infindável deserto daquele "estado de presença", anteriormente vivenciado.
Parece não haver o que fazer, a não ser, buscar pelo que fazer.
Livros, sites, blogs e filmes já não dão liga, já não tocam; servem tão somente como distração, uma forma de passatempo. Mesmo com eles, o relógio parece não andar.
Há uma profunda consciência da impotência de transcender esse estado de inquietude, por meio do esforço pessoal ou do uso do conhecimento antigo, este, arquivado na memória.
Com a desidentificação com os valores do sistema — estes, não questionados pela grande maioria —, torna-se um pesado fardo, atravessar o dia de forma consciente, sem o uso de anestésicos, mesmos aqueles tidos por socialmente aceitos.
Apesar de todo esclarecimento adquirido até então, ainda se faz constante o fluxo do pensamento psicológico condicionado — sempre ocorrente na ponte do tempo passado-futuro; no entanto, com suas imagens e monólogos, já não ocorre a inconsciente identificação reativa devido ao já instalado estado de observação meditativa.
Hoje é interessante notar que, essa conhecida e irresolvível inquietude, desde a mais tenra idade, sempre esteve presente. Outrora, muitos foram os modos insanos utilizados para dela se safar (o que sempre causou, além da continuidade da inquietude, inúmeros conflitos pessoais e interpessoais). Com o advento do que costumo nomear de "Depressão Iniciática", os antigos e insanos modos de aplacar tal estado de inquietude foram substituídos por um intenso movimento de autoconhecimento, também conhecido por "busca de espiritualidade". O interessante é perceber que, mesmo neste novo movimento, a inquietude manteve sua presença; ouso dizer que, por meio desse esclarecimento, a mesma chegou a ampliar-se de modos nunca antes sequer imaginados. Se, por um lado, houve o aumento da inquietude, por outro, houve uma enorme baixa na presença dos antigos e dolorosos conflitos.
Hoje é interessante notar que, essa conhecida e irresolvível inquietude, desde a mais tenra idade, sempre esteve presente. Outrora, muitos foram os modos insanos utilizados para dela se safar (o que sempre causou, além da continuidade da inquietude, inúmeros conflitos pessoais e interpessoais). Com o advento do que costumo nomear de "Depressão Iniciática", os antigos e insanos modos de aplacar tal estado de inquietude foram substituídos por um intenso movimento de autoconhecimento, também conhecido por "busca de espiritualidade". O interessante é perceber que, mesmo neste novo movimento, a inquietude manteve sua presença; ouso dizer que, por meio desse esclarecimento, a mesma chegou a ampliar-se de modos nunca antes sequer imaginados. Se, por um lado, houve o aumento da inquietude, por outro, houve uma enorme baixa na presença dos antigos e dolorosos conflitos.
De fato, é para poucos, a vivência consciente do deserto.
Outsider