Penso ser importante neste momento: Observar toda movimentação, Absorver o que é real e absolver-se do que é irreal. Penso ser irreal, creditar tudo o que estamos vendo à um partido ou à alguns nomes. É preciso um olhar global, não tendencioso, não reacional-emotivo que possa dar espaço para posturas inconscientes de manipulações ocultas que visam posturas de militância inconsequente.
É preciso ver as máfias que pressionam e ajudam a corromper os que se ocupam do poder (o que é um fato histórico e não de uma determinada legenda). Se queremos educação, há que se estudar as pressões e manipulações das máfias do ensino particular. Se queremos saúde, há que se estudar as pressões e manipulações das máfias do sistema de convênios e assim nas demais áreas, nas demais classes.
Há que se analisar também a nossa participação ativa quando aceitamos pagar por escolas particulares e por convênios, defender classes, defender o privilégio privado acima do que é de direito comum. Há que se analisar o modo como temos sido co-corruptores, através da nossa não preocupação com a formação de uma REAL consciência política.
Há que se analisar esse comportamento infantil de somente cobrar, sem a preocupação de se sentar para meditar e formular propostas, projetos, ou, sem acompanhar os projetos daqueles que nós, comodamente — com a ideia de que somos democráticos por que votamos e escolhemos representantes — a eles delegamos o que também é de nossa responsabilidade. Será que nossa responsabilidade é só escolher um nome, uma legenda, apertar uma tecla e depois voltarmos comodamente para nossa vidinha autocentrada?
Bem nos alerta, a sabedoria dos mais antigos: Quando apontamos um dedo, três se voltam para nós! Olhemos bem — sem a necessidade de passeatas — para estes três despercebidos dedinhos!
Outsider