Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

31 agosto 2014

A percepção da ausência do Amor

A percepção está aguçadíssima... a percepção de que não há amor aqui, em nada e por nada, é muito grande; essa percepção é pacifica, não há nela, qualquer sinal de conflito. A a busca desses anos trouxe a capacidade de respeito, de companheirismo e comprometimento, mas, nada disso tampa o buraco da ausência disso que tentamos expressar pelo desgastado símbolo da palavra AMOR. No entanto, o símbolo, NUNCA ALCANÇA O SIMBOLIZADO. Há que ocorrer o NASCIMENTO DO AMOR; sem isso, estamos condenados ao vazio de qualquer tipo de interação humana. A percepção é de que o vazio, hoje, não é desesperador... É possível assimilá-lo e, nessa assimilação, uma transformação de percepção ocorre; ela fica cada vez mais aguçada, o que determina uma maturação da psiquê. O medo da solidão vai reduzindo, e outras coisas vão caindo por terra, principalmente o medo de ver exatamente O QUE É, a real do que ocorre em nosso ambiente emocional, psíquico. É preciso muita maturidade para fazer frente, de forma minuciosa e destemida, à realidade da entidade com a qual ainda funcionamos em partes. Percebo que são raros os que estão "prontificados" para tal grau de honestidade radical para consigo mesmo. Sem essa radicalidade, torna-se impossível a percepção de que, pela ausência de amor, todas as nossas "construções" foram baseadas no auto-interesse de nossos adulterados instintos básicos; construções destituídas das bases edificantes do amor; por isso tais construções se abalam facilmente ao menor tremor das emoções. O medo geral é tão grande que, o que reina, é a força da NEGAÇÃO. 

Em diálogo com o confrade Ananda44

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!