Por que não conseguimos olhar a vida e nossos relacionamentos sem a interferência destrutiva das imagens que criamos e recriamos? Como podemos adquirir a capacidade de amar se nos fechamos, nos condicionamos, nos refugiamos em nossas imagens contidas na memória? Como podemos viver num estado de mente aberta quando insistimos em carregar para o presente momento todo o arquivo de imagens das experiências do nosso passado?
Como pode haver uma autêntica intimidade com outro ser humano se estamos doentes do nosso olhar?... Não temos um olhar que comunga, mas sim, um olhar que consome... E se não há a possibilidade de consumir conforme as exigências descabidas das nossas imagens, então, temos a anoréxica tendência de sumir... Comungar ou consumir? Como pode haver uma verdadeira relação, capaz de ultrapassar o “script social básico” que tem seu inicio na sedução e na paixão, se carregamos a imagem de um salvador, de um super-homem, de um príncipe encantado?... Ou do parceiro perfeito, do parceiro “ideal”, alguém com quem podemos “ser felizes para sempre” – frase que tiramos das imagens dos filmes e novelas que nada tem haver com a realidade? Quase sempre, nossos relacionamentos, - se é que podemos chamá-los de relacionamento -, tem seu inicio na sedução, logo seguido pela paixão... Nesse período vivemos numa espécie de nuvem cor-de-rosa; nossas mentes ficam no mundo da lua e o problema ocorre quando fincamos nossos pés no chão, com a dureza do solo da realidade. E a realidade é dura como o solo, mas também pode ser fértil, quando corremos o risco e nos danos o trabalho de cultivá-lo. É impossível sustentar uma imagem por muito tempo, uma vez que o encanto do canto da sereia é de pouca duração. Depois do encanto, com a vinda da realidade, cada um busca seu canto e com isso, perde-se a oportunidade do surgimento da autentica intimidade. Não ousamos correr o risco de abandonar as nossas máscaras e deixar de representar papéis; temos medos de mostrar o que somos e quem realmente somos. Não nos danos ao trabalho de jogar ao chão, tanto as imagens que criamos de nós mesmos como as imagens que criamos dos outros. Não queremos nos deixar fazer conhecer, muito menos conhecer o outro e, com isso, perdemos a preciosa oportunidade de nos conhecermos, uma vez que só podemos nos conhecer no espelho dos relacionamentos. Não queremos passar pelo mal-estar causado pela “síndrome de abstinência” por não mais representar papéis e fazer uso de máscaras. Não suportamos o mal-estar inicial, a inadequação e a vulnerabilidade... Nossa tendência é abandonar o real e novamente cair no ciclo vicioso da “idealização”, da busca do “ideal”, do “condicionado” pelas imagens e projeções. E o que ganhamos com isso?... Nada! Permanecemos em nossos corpos adultos, infantilizados pelo ideal, pela fantasia, sendo presas fáceis das mais variadas formas de sedução. Permanecemos como um cavalo que corre atrás da cenoura... Não percebemos com isso que de fato estamos doentes do nosso olhar, desse olhar que não é capaz de transcender a limitação das imagens e que, por essa razão, nos mantêm presos num modo de vida medíocre e com relacionamentos extremamente superficiais. E, dessa forma, vamos vivendo de aparências, sem levar em conta o fato de que quem vive de aparências só aparentemente vive... Experimente parar por apenas alguns segundos... Tente silenciar a sua mente... Ficar sem nenhuma imagem na mesma...
Como pode haver uma autêntica intimidade com outro ser humano se estamos doentes do nosso olhar?... Não temos um olhar que comunga, mas sim, um olhar que consome... E se não há a possibilidade de consumir conforme as exigências descabidas das nossas imagens, então, temos a anoréxica tendência de sumir... Comungar ou consumir? Como pode haver uma verdadeira relação, capaz de ultrapassar o “script social básico” que tem seu inicio na sedução e na paixão, se carregamos a imagem de um salvador, de um super-homem, de um príncipe encantado?... Ou do parceiro perfeito, do parceiro “ideal”, alguém com quem podemos “ser felizes para sempre” – frase que tiramos das imagens dos filmes e novelas que nada tem haver com a realidade? Quase sempre, nossos relacionamentos, - se é que podemos chamá-los de relacionamento -, tem seu inicio na sedução, logo seguido pela paixão... Nesse período vivemos numa espécie de nuvem cor-de-rosa; nossas mentes ficam no mundo da lua e o problema ocorre quando fincamos nossos pés no chão, com a dureza do solo da realidade. E a realidade é dura como o solo, mas também pode ser fértil, quando corremos o risco e nos danos o trabalho de cultivá-lo. É impossível sustentar uma imagem por muito tempo, uma vez que o encanto do canto da sereia é de pouca duração. Depois do encanto, com a vinda da realidade, cada um busca seu canto e com isso, perde-se a oportunidade do surgimento da autentica intimidade. Não ousamos correr o risco de abandonar as nossas máscaras e deixar de representar papéis; temos medos de mostrar o que somos e quem realmente somos. Não nos danos ao trabalho de jogar ao chão, tanto as imagens que criamos de nós mesmos como as imagens que criamos dos outros. Não queremos nos deixar fazer conhecer, muito menos conhecer o outro e, com isso, perdemos a preciosa oportunidade de nos conhecermos, uma vez que só podemos nos conhecer no espelho dos relacionamentos. Não queremos passar pelo mal-estar causado pela “síndrome de abstinência” por não mais representar papéis e fazer uso de máscaras. Não suportamos o mal-estar inicial, a inadequação e a vulnerabilidade... Nossa tendência é abandonar o real e novamente cair no ciclo vicioso da “idealização”, da busca do “ideal”, do “condicionado” pelas imagens e projeções. E o que ganhamos com isso?... Nada! Permanecemos em nossos corpos adultos, infantilizados pelo ideal, pela fantasia, sendo presas fáceis das mais variadas formas de sedução. Permanecemos como um cavalo que corre atrás da cenoura... Não percebemos com isso que de fato estamos doentes do nosso olhar, desse olhar que não é capaz de transcender a limitação das imagens e que, por essa razão, nos mantêm presos num modo de vida medíocre e com relacionamentos extremamente superficiais. E, dessa forma, vamos vivendo de aparências, sem levar em conta o fato de que quem vive de aparências só aparentemente vive... Experimente parar por apenas alguns segundos... Tente silenciar a sua mente... Ficar sem nenhuma imagem na mesma...
Agora se pergunte: “Existe atualmente alguém com quem eu esteja verdadeiramente me relacionando?... Alguém com quem eu me desnuda sem aquela incomoda sensação de vergonha e inadequação?... Alguém com quem eu não precise “pagar” de alguma maneira para poder me ver refletido em seu olhar? ”...
Da qualidade desta resposta, depende a qualidade da sua vida, por que tudo na vida é relação. E na vida não existe essa estúpida história de “mais ou menos”... Não existe uma mulher “mais ou menos” grávida... O “mais ou menos” também é um resultado das imagens que carregamos, pois o “mais ou menos” nunca traduz a realidade...
Para que possa haver uma verdadeira intimidade com outro ser humano, não pode haver esse insano e abortivo condicionamento de formar imagens. Não pode haver contato, partilha e comunhão enquanto insistirmos em viver a fantasia criada pelas nossas imagens. E para que possa ocorrer esse comungar que nada consome, mas tão somente nutre é preciso estar holisticamente atento, com um olho no padre (o criador das imagens) e o outro na missa (a vida e seus relacionamentos). Enquanto esse padre insistir em continuar rezando a missa, não poderá existir uma “teologia de libertação”, que é fruto da inteligência que tudo vê. A inteligência é a cura da visão. Não podemos estar livres para o exercício do amor enquanto houver em nós, espaços para a criação e o armazenamento das imagens.
Relacionar-se é exercitar a divina, preciosa e tão renegada arte de viver só por hoje!..
E a vida esta na arte do encontro.
Da qualidade desta resposta, depende a qualidade da sua vida, por que tudo na vida é relação. E na vida não existe essa estúpida história de “mais ou menos”... Não existe uma mulher “mais ou menos” grávida... O “mais ou menos” também é um resultado das imagens que carregamos, pois o “mais ou menos” nunca traduz a realidade...
Para que possa haver uma verdadeira intimidade com outro ser humano, não pode haver esse insano e abortivo condicionamento de formar imagens. Não pode haver contato, partilha e comunhão enquanto insistirmos em viver a fantasia criada pelas nossas imagens. E para que possa ocorrer esse comungar que nada consome, mas tão somente nutre é preciso estar holisticamente atento, com um olho no padre (o criador das imagens) e o outro na missa (a vida e seus relacionamentos). Enquanto esse padre insistir em continuar rezando a missa, não poderá existir uma “teologia de libertação”, que é fruto da inteligência que tudo vê. A inteligência é a cura da visão. Não podemos estar livres para o exercício do amor enquanto houver em nós, espaços para a criação e o armazenamento das imagens.
Relacionar-se é exercitar a divina, preciosa e tão renegada arte de viver só por hoje!..
E a vida esta na arte do encontro.