Estaria na capacidade de conseguir colecionar maiores responsabilidades e no colecionar várias estampilhas douradas coladas em papéis coloridos, repletos de letrinhas e emoldurado numa parede qualquer?
Será que o sentido da existência pode ser expresso através da limitação da linguagem e seus símbolos?
Na tentativa de encontrar o significado da existência lemos livros e livros de auto-ajuda, sociologia, os livros ditos "sagrados e espirituais" ou corremos para a sala de um psicólogo qualquer; depois, saímos dali tentando fazer o que está escrito ou o que nos foi dito, por vezes, sem o menor senso critico. Por causa do vazio existencial é que muitos de nós se permitem essa forma de auto-hipnose estagnante; qualquer coisa é mais seguro do que ficar com nossa própria confusão, observando-a incondicionalmente.
Mas, será possível compreender a nós mesmos, nossos mais profundos anseios e conflitos de acordo com a limitada e condicionada visão de um escritor, de um psicólogo ou de determinado conjunto de regras comportamentais oriundos de um sistema de crença organizada qualquer?
Será que podemos conhecer o sentido da existência, chegar a um estado de profunda tranqüilidade de espírito por meio de tanta superficialidade?
Será que por meio dessa superficialidade podemos realmente encontrar uma paz profunda que não seja uma espécie de paliativo para situações momentâneas?
Será que podemos através dessas práticas encontrar a verdadeira liberdade do espírito humano?
Tudo isso pode, sem a menor sombra de dúvida, nos tornar socialmente "funcionais", mas carece do poder necessário para nos fazer despertar para essa Inteligência que é a base de tudo que é manifesto e que ainda está por se manifestar. Queremos ser socialmente "funcionais", queremos ser "normais", mas, não percebemos com isso, que toda nossa forma de conflito, toda nossa falta de sentido existência está justamente alicerçada nos padrões morais da dita "normalidade social". Portanto, esse tipo de busca insana, de forma alguma pode nos brindar com um estado de vida pleno de significado e sentido.
Com base nisso, pergunto-me:
"Que Sentido é esse que pode dar sentido para tudo aquilo que já não tem sentido?