Como é bom, logo pela manhãzinha, observar a harmônica dança das árvores ao vento, com seus mais variados tons de verde. Neste silêncio, o que se ouve são os sons naturais da vida pulsando. O som do vento nas árvores é tal e qual o som das marés: há um espaço de tempo sincronizado. O céu está azul e com poucas nuvens carregadas. O ar é gélido. Cães e pássaros completam a melodia matutina enquanto uma pequena águia, sem o menor esforço, tudo do alto observa em seu bailado circular. Ao lado de um pequeno viveiro de pássaros, um jovem rapaz macula o ar gélido com a fumaça de seu cigarro. Os mais variados tipos de pássaros que cruzam o bem tratado jardim, entoando seus cantos, nada cobram por sua arte. A natureza só dá, enquanto que o homem, em tudo vê uma oportunidade de mercantilização. Agora, o sol começa a dar seu toque especial no topo das imensas árvores, o que faz ressaltar ainda mais a percepção da vida presente nelas.
Será possível haver uma real comunicação onde existe a presença de uma atitude de mente fechada causada pela crença no condicionado, naquilo que é convencional? Por que nos agarramos ao conhecido através de várias formas de racionalização? Por que as pessoas acham "normal" a recusa da escuta de um novo paradigma?A dificuldade da transmissão da mensagem de um novo paradigma estaria na falta de assertividade do orador, ou na falta de receptividade do ouvinte por causa de seus condicionamentos?