O processo imaginal da mente adquirida é muito rápido e enredante; ela se serve disso para evitar uma visão holística da realidade; esse é o modo que ela usa para dar continuidade à sua inconsciência debilitante, a qual impede a manifestação do amor.
Parte de nossos conflitos está na recusa de aceitar os conteúdos apresentados pela Consciência, os quais abalam a estrutura de um modo de vida inconsciente, o qual é a trave de tropeço para a manifestação do amor.
Os conteúdos apresentados pela Consciência visam a liberdade, sem a qual, o amor real não se manifesta.
Sem a liberdade criativa do amor, somos constantes prisioneiros de medos, ansiedades, apegos e compulsivas dependências.
Essa liberdade só surge quando desenvolvemos a capacidade de observar os conteúdos da mente sem qualquer tipo de escolha ou interferência, sem qualquer tipo de fuga ou alívio do que nos é apresentado. Os conteúdos da Consciência vão se apresentando sem esforço algum de nossa parte, mas em contrapartida, os mesmos se misturam com o imaginal da mente adquirida, o qual é repleto de medos e ansiedades. Isso é o que quer dizer a expressão: separar o joio do trigo
O conteúdo da Consciência aponta para a instalação da Verdade; já os conteúdos da mente adquirida, para a continuidade de mentiras e ilusões.
Boa parte de nossas reações inconscientes e inconsequentes são resultado da desesperada fuga de nossos medos. Elas ocorrem pela nossa total incapacidade de "dar a outra face ao inimigo", ou seja, a face da observação sem escolhas.
Num primeiro momento, devido nossa imaturidade diante do processo de observação sem escolhas, observamos apenas nossas reações. Conforme essa observação deixa de "ser um verbo e passa a ser carne e habitar em nós", conseguimos o exercício da "observação relâmpago", ou seja, a observação no exato momento em que as imagens se apresentam na mente. É aqui que a Consciência pode expressar: "vá de retro, satanás".
Outsider
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