Os grupos anônimos não colocam fim ao "eu"; ao contrário, o ajustam e o alimentam com a aceitação e a respeitabilidade. Contrariando a essência do anonimato, os grupos anônimos criam e alimentam autoridades espirituais, cuja base está no exercício do intelecto com as bases no conhecimento colhido do passado. Para conseguir essa autoridade, basta abrir mão da originalidade — ainda que adoentada —, e se agarrar ao processo de imitação. Ali, você não pode pensar, se esse pensar não estiver aparelhado, ajustado ao que é chamado de Tradições. Na quebra da Tradição, cai por terra a respeitabilidade. O culto às tradições denota um processo de busca de segurança coletiva, o que demonstra o medo como a base dessa relação. E onde está o medo, como pode haver o exercício da capacidade de expressar amor? Como escola iniciática, sem dúvida, é uma excelente opção; mas há que se seguir viagem, se o que se busca, é de fato a verdade.
Outsider