Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

11 abril 2012

Minha impessoal doutrina espírita


A prática de minha doutrina espírita não se encontra em nenhum centro externo, com dia e horário marcado para sessão de estudos. Meu espiritismo, como na essência da palavra, está em se permitir ser governado, a todo instante, pela ação do espírito, pelo sopro que me habita e no qual sou, cuja sede própria se encontra no centro dos meridianos do coração. O exercício de minha mediunidade se faz possível sempre que saio dos limites da periferia dos argumentos mentais, permitindo-me assim, ser um singelo mediador, não condicionado por qualquer tipo de crença proveniente de conteúdo livresco, mas sim, pela sutil invisibilidade amorosa da dimensão do espírito. Para mim, ser médium é não ser médio, é não ser morno, é não se permitir o encosto das estagnantes e ilusórias forças do mal, sempre alimentadas pelo espírito da compartilhada mediocridade coletiva. O desenvolvimento da minha mediunidade ocorre quando, em silêncio mental, dedico-me de forma minuciosa, destemida, livre de resistência ou escolha, à escuta atenta da fala mansa e suave proveniente da chama viva do coração.

Nelson Jonas

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!