Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

08 fevereiro 2011

Very Idiot Person


Se os homens realmente amassem a Vida, não mais se permitiriam desperdiçá-la, de forma inconseqüente, na busca de valores transitórios, os quais são fortemente incentivados pela tradição não questionada. Vendem seu tempo, energia, coração e os poucos valores que lhe restam, a alto custo para si e a baixo preço para seus exploradores, aos quais rendem culto de respeito e servidão. Talvez, por isso temem tanto a morte. E, como já fui testemunha bem próxima, estes, quando com ela se deparam, arrependidos e deprimidos aos olhos dos outros se questionam:

- O que é que eu fiz com a minha vida?

Tragicamente, parece que só nesse momento os homens percebem que lhes foi dado uma vida. Até então, em suas formatadas consciências limitadas, só contas provenientes de escolhas forçadas e irrefletidos compromissos, com os quais comprometem seu precioso tempo. Tudo isso em nome de uma condicionada respeitabilidade de prateleira.

Nelson Jonas

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!