Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

01 fevereiro 2011

O esotérico perfeito

Buda, upload feito originalmente por NJRO.

 O esotérico perfeito caminha nu em direção ao seu Criador. Passa pelo seu Mestre, deixa-o para trás e vai despejando todas as ilusões e ruídos do mundo pela beira da estrada. Nada mais o detém ou atrasa. Conhece o poder da tentação e vira-lhe as costas. Não se deixa mais iludir pelas miçangas de Maya. Fica a meio caminho da poesia e da realidade. Sabe que ambas têm o seu lugar no espaço, mas que não pender para nenhum dos lados sob pena de ser enganado pelos sentidos ou pela emoção.

E, então, mesmo só ou rejeitado pelos seus pares, ele mergulha no imponderável com um sorriso mais enigmático do que o da Mona Lisa e com uma serenidade muito maior do que a se revela no colosso pétreo da Esfinge.

Autor: Sheik Al-Kaparra

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!