Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

13 fevereiro 2012

As mensagens chegam por todos os lados

Estava aqui, em plena tarde úmida desta segunda-feira nublada, sentado numa velha e já enferrujada cadeira de praia, daquelas cujo assento é de nylon, meditando a espera de um insigth revelador para as perguntas "O que sou?"  e "Qual é minha vocação?", quando de repente, o som de uma música vindo do carro de nossa vizinha, contrariou de forma poética e românica, as falas do pensamento que insiste em dizer que este estado de meditação não passa de uma viagem, de uma loucura. Tudo se deu muito rápido, o tempo suficiente entre ela frear o carro e desligá-lo diante de sua garagem. Só deu para ouvir, aquilo que era realmente necessário:

"Deixa ser pelo coração, se é loucura, então, melhor não ter razão"

As mensagens chegam por todos os lados; só é preciso estar desperto... E seguir viagem!

Depois disso, a benfazeja quentura na região coronária, voltou a se manifestar com maior intensidade.  


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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!