Este blog não foi criado para quem já fechou as persianas de sua mente e cuidadosamente as fixou para que nenhum filete de luz de novas idéias penetre e perturbe sua sonolenta e estagnante zona de conforto. Este blog é para os poucos que querem entrar na terra firme da experiência direta por não verem outro caminho mais seguro a tomar.

21 outubro 2010

Nunca é tarde demais

Todo mundo, mais cedo ou mais tarde, está destinado a ficar velho. Temos que entender a beleza da velhice e também a liberdade da velhice.

Temos que entender a sabedoria da velhice; temos que entender seu tremendo desprendimento de todas as coisas tolas que acontecem nas vidas das pessoas que ainda são jovens.

A velhice dá a você uma certa estatura, e se essa estatura puder ser associada à meditação... você irá perguntar a si mesmo: por que você desperdiçou a sua juventude, por que seus pais destruiram sua infância, por que a meditação não lhe foi dada como o primeiro presente, no dia em que você nasceu?

Mas em qualquer época que você conheça a meditação, nunca é tarde demais. Mesmo a poucos momentos antes de sua morte, se você conseguir entender o significado do seu ser, sua vida não foi um desperdício.

Osho, em "Após a Meia-Idade: Um Céu Sem Limites"

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Escolho meus amigos pela pupila

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU! JUNTE-SE À NÓS!